Nina crescia tão rápido quanto a chegada da maré na encosta da praia. Alexander mantinha sua filha longe do convívio com outras pessoas. Ele próprio passou a levar uma vida cada vez mais isolada. Mantinha o pequeno pedaço de terra, comercializando parte do leite que ordenhava do rebanho de poucas cabeças. O que Nina, agora com 7 anos, conhecia da vida parte era criada por ela e suas aventuras com Borboleta, e a outra parte por monossílabos trocados com o pai. Nina não perguntava pela mãe, por nunca ter ouvido falar dela. Sem lembranças, sem histórias, Nina ia construindo seu mundo paralelo e, de longe, observava o vaivém de nativos e turistas na pequena vila da ilha.
CS!
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