Com os olhos apertados, as mãos trêmulas e a face cortada pelas marcas da sua existência, Lia sentia sua força esvairindo-se aos poucos. A chegada daquele filho representava para ela a consumação do amor infinito que sentia por Alexander. Nunca, jamais, em tempo algum, uma mulher amou tanto um homem assim. Já podia serem ouvidos os primeiros ruídos anunciando a chegada da manhã, quando ela, mergulhada em seu suor, escutou um choro distante. Lia sentiu uma profunda e plena felicidade. Ainda deu tempo de olhar nos olhos claros daquele bebê e senti-lo, apertado, entre seus seios. No cômodo ao lado, Alexander sentiu um arrepio percorrendo seu corpo. Engoliu, com pressa, o último trago e foi correndo ao encontro de Lia.
CS!
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