Ainda hoje, existem aqueles que pensam que tudo não passou de uma loucura da cabeça de um "desmiolado", assim como era chamado Alexander. Mas, ele nunca teve dúvidas do que passou a sentir desde o dia em que escreveu aquela carta de amor: " Minha amada Lia, queria eu poder tê-la em meus braços uma só vez. Queria eu poder encher seu colo de pétalas de rosas vermelhas, as minhas preferidas. Queria eu poder olhar em seus olhos e dizer aos quatro ventos o tanto que a amo!" Antes mesmo de terminar a última linha, após mais de um ano de espera, Alexander sentiu-se tonto e envolvido numa atmosfera, como se estivesse voando entre as nuvens do céu. Levou rapidamente as mãos, esfregando-as no rosto, com medo de que fosse apenas uma miragem. Mas não era! Lia estava ali, bem defronte às suas pernas cruzadas. Ele levantou-se rapidamente em sua direção, e o que conseguiu foi sentir um cheiro forte de alfazema no ar. Deste dia em diante, Alexander guardou a carta ainda sem final no pote dos segredos de Lia e nunca mais foi uma pessoa como antes. Vivia arredio e falando baixo, como se comunicasse, em sussurros, com outra pessoa. E ele se comunicava sim!!! Passou a viver uma vida a dois, como se ali Lia estivesse. Passou a dizer pela manhã "Bom-dia meu amor!!!" Passou a contar-lhe seus segredos mais íntimos. Somente ele e Lia e ninguém mais. CS!
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