Alexander empurrou a porta de madeira como se estivesse arrombando-a. A força foi tamanha que pôde sentir a porta voltar quase que em cima de seu ombro. Avistou Lia com os olhos fechados e um sorriso nos lábios. Chegou a sentir uma breve sensação de alívio, até perceber que sua amada se fora. Restava ali, em seus braços, um pequeno ser, que, com os olhos bem abertos, parecia procurar por alguém. A menina, sonho de Lia, com traços delicados e cabelos escuros e fartos, acabara de chegar à vida, roubando de Alexander seu grande amor. Deste dia em diante, Alexander jamais voltou a sorrir. Antes de soltar um grito em agonia, viu de relance, passando pela janela, o que lhe pareceu ser as asas de um pássaro em voo rasante.
CS!
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