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terça-feira, 28 de junho de 2011

A Incerteza do Perdão

A dúvida corroía a alma de Alexander naquele instante em que se consumia, lentamente, a verdade diante de seus olhos! Ao ver os pertences da filha jogados num canto da varanda, ele não sabia ao certo se ela voltaria para buscá-los depois, ou se eles, deixados ali, eram um sinal de que ela havia lhe perdoado e esqueceria aquela idéia de abandoná-lo também, assim como o fez Lia, por conta de seu falecimento. Era o que ele pensava...
De ímpeto, desejou buscar os pertences dela e trancá-los no armário. Mas, logo em seguida, deixou-os ficar onde estavam e saiu em direção à praia. Lá chegando, avistou o mar com olhos de quem avistava o infinito. Nele, viu o Sol, a Lua, as estrelas... até mesmo cometas! E ambicionou ver a imagem de Lia. Ali, sozinho e moribundo, dividiu com a natureza o remorso de suas culpas, que eram tantas... Pediu, novamente, perdão à filha, à Lia e a ninguém mais!
Cabisbaixo, após ter ficado dois quartos de hora na praia, voltou para casa, humilhado por aquela incerteza do perdão da filha, que continuava corroendo sua alma. Pensou: “Minha Nina há de voltar!”
BA!

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