Prêmio Top Blog 2011

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sábado, 2 de março de 2013

Uma Gota de Vermelho

Na mão esquerda, Marina segurava a ponta da caneta, e enquanto isso sua mão direita tentava alcançar a navalha por cima dos papéis, que guardavam os escritos da carta que acabara de escrever para Nina. Suas mãos continuavam trêmulas, e no mesmo segundo em que Nina, depois de tantos anos, sentia o hálito quente da boca de Pedro em seus ouvidos, Marina fechava os olhos e levava a navalha rumo a seu pulso. A única coisa que se pôde ouvir, naquele momento, foi o barulho dos vidros da janela espatifados no chão, assim que o grande pássaro negro adentrou o quarto de Marina, levando, embrulhadas em suas garras, as duas folhas de papel que, em meio a gotas de sangue fresco, escondiam entre suas linhas o amor que Marina sentia por Nina. Marina então abriu os olhos e sorriu.
CS!

A Ilha Sussurra!


Protagonista de melhor locação para esta “Estória com H”, presenciando ativamente todos os atos e mandatos de alguns de seus habitantes, personagens mágicos desta história, e sentindo, em suas fendas, todos os acontecimentos, a Ilha, agora, após os últimos capítulos escritos por suas “Senhoras do Destino”, está confusa e aguarda o desenrolar dos fios a partir de então. Sem imaginar o que possa acontecer, prefere sussurrar as suas preferências.
Torce para que Nina fique com Pedro, mas se angustia por conta da promessa feita... Como poderá Alexander não sucumbir, se acaso o amor deles vencer? Estará fadado à morte. Ou, se por ventura, Nina despachar seu grande amor, ele poderá escapar, e ainda viverá, mesmo desmiolado, em suas terras... Por quanto tempo, ainda sem o saber.
E Marina? A Ilha se desespera em pensar que aquela carta escrita por ela chegue nas mãos de Nina... Será que Marina irá mesmo tirar a própria vida? Não gostaria... Marina, menina do mar, foi tão bem-vinda, quando em suas terras chegou e viveu. Ah! Curtiu o amor tão maravilhoso que ela sentia por Nina.
A Ilha, agora, sussurra... Tantos eventos! Tanta “estória”, tanto por acontecer, tanto suspense, que ela mesma não pode decifrar, não por hoje, não por amanhã, pois os dias se contam mais devagar, e a “estória com H” ainda tem muito o que revelar. Muitos pontos a coser. Afinal, esta colcha de retalhos não há de estar pronta, pois é infinita, enquanto a vida de seus personagens durar... E quem diz que a vida deles é finita?
BA!