Prêmio Top Blog 2011

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Os Tons do Amor de Pedro

Naquela manhã, Pedro, depois de ter dormido feito um gato, aconchegado em seu canto, desejando sonhar com Nina, aquela menina, aquela mulher, que ele tanto amava, que não saia de seus pensamentos, acordou feito um leão, disposto a encontrar Nina, antes que deixasse a Ilha no dia seguinte, ou um  dia depois...
Mal tomou o café e disparou em direção à casa de Nina. Pelo caminho, passando seus passos pela praia, antes de subir o morro, ele foi pensando...
“ Sou um cara bonito, inteligente, tenho um trabalho, vivo em busca de um ideal, sou feliz... Penso nela, na mulher que amo, tenho uma estrela na testa, sou do bem, sou capaz de fazer alguém sorrir, tenho a minha música... Amo a minha Nina!”
Não era à toa que Pedro sonhava em encontrar sua amada. Quantas palavras poderiam ser ditas, quanto mal-entendido poderia ser resolvido, quanta mentira poderia ser resolvida, quanto mal-estar haveria de ser banido...
O jovem rapaz não via a hora de estar frente a frente com Nina. Ao se encontrar com ela, poderia lhe dispor de seu amor. Haveria de lhe contar sobre as horas todas, tontas, que passou sem sua companhia...
Sobre os dias em que pensou que a vida nada valeria sem tê-la ao seu lado. Como poderia respirar sem ter o ar de sua vida pulsando ao seu lado, como poderia enxergar as coisas belas da vida sem ter os olhos dela também descortinando o céu, o mar, as estrelas...
Pedro caminhava a passos rápidos. Em seu coração, os tons de seu amor por Nina eram os mais nobres, os mais desenhados em linhas furtivas, capazes de fazê-la feliz por um dia, ou por toda a vida...
BA!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Amor Sem Vergonha

Pedro e Bia...
“Os dois se amaram, até que a última gota de chuva pingasse do céu!!!”
Beatriz corria, agora, pela praia, enlouquecida pela aventura que tivera com o amigo de infância, mais uma vez... Enquanto o astro Sol banhava seu corpo com seus raios quentes, ela lambia os lábios, ajeitava o sutiã, chutava a areia e sorria... Só de se lembrar daquele frenesi todo ao lado de Pedro, que prometeu, num segundo, naquele em que o ardor faz estremecer, amá-la para sempre, parecia-lhe que a vida estava lhe dando uma oportunidade de sentir um amor assim... Sem vergonha!
Todos os amores que ela cultivou foram efêmeros demais. Nenhum, deles, se manteve com a chama acessa. Amores que ela nem pensava em cativar... Nenhum, deles, lhe ganhava a simpatia, o encanto. Apenas o amor por Pedro era-lhe mais valente, mais dócil, mais digno, mais sério, mais honroso.
No começo, sentia atração por ele apenas para incomodar sua amiga Nina. Depois, o fascínio por ele foi-lhe chamando a atenção, percebendo o quanto aquela sua tendência a desejá-lo mais e mais já lhe sufocava. Por isso, quando Bia o viu tocar sua gaita, naquele show na praia, na noite passada, não teve tempo de pensar nas confusões que ela causava... Ambicionava apenas ter Pedro, mais uma vez, em seus braços!
Borboleteando pela praia, absorta em seus devaneios, Bia era capaz de revolver as águas do oceano por conta de sua força de mulher, que descobrira um amor sem vergonha alguma...
Pensou: “Quero ter um filho de Pedro!”
BA!





terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Agonia em P&B

- Assim que terminarmos esse nosso café da manhã, vamos dar um passeio pela praia?
Angélica assentiu, devolvendo um sorriso largo para o jovem Ícaro, que lhe pareceu, naquela manhã, um pouco mais simpático e amável. Isto lhe causou a impressão de que ele estava envolvido com sua situação, quando o sentiu preocupado com o fato de ela estar enxergando, agora, tudo em preto e branco.
Ela continuou a tomar o café preto daquela xícara branca. O resto todo, ao seu redor, irradiava-lhe somente estas duas cores! Angélica sentia-se agoniada, e sabia que sua condição poderia ser um grave efeito de sua doença. Desde que, ao acordar, havia visto seu rosto não mais em cores, assim feito um filme antigo, diante do espelho, ela entendeu perfeitamente... Mas não poderia imaginar se este estado seria reversível ou não! Os médicos estavam certos quanto a este diagnóstico? E os milagres? Para quê servem?
Presa em sua agonia em p&b, Angélica, ao lado de Ícaro, caminhava, com seus pés descalços, pela areia da ponta da praia...  Areia preta, em contraste com o Sol, que propagava a cor branca. O mar se despiu de sua cor azulada, e era como uma tinta preta... As ondas, essas, sim, ao lhe beijarem os pés, ainda lhe emitiam a cor original, o mesmo branco de suas espumas!
- Mas, me diga, Ícaro... Ainda sou uma das suspeitas pela morte de Roberto?
- Você e mais aquelas outras três mulheres. Ainda nessa semana, irei convocá-las para o interrogatório. Não vejo a hora de encontrar logo a assassina!
- Ou o “assassino”...
Ícaro engoliu em seco. Tratou de mudar de assunto. Buscou uma concha na areia e a colocou nas mãos de Angélica:
- Que cor ela tem?
- Uma cor de “aflição”, meu caro!
BA!