Nina, nessa mesma noite, também se sentia assim tão triste quanto Pedro! Por quase todo o dia, após ter tido a visita daquela Borboleta Azul, em seu quarto, e a chegada do Dr. Roberto, que viera visitar seu pai, ela estava às voltas, no lugarejo da ilha, em busca do endereço de Pedro. Perguntou aqui, ali e acolá, às pessoas que tiveram contato com ele e seus pais, mas ninguém, absolutamente, sabia. Ninguém foi capaz de entregar à Nina o que ela tanto desejava. Se pudesse ter o endereço dele, escreveria logo uma carta, para lhe contar do mal que Alexander havia passado e o porquê de não ter ido ao seu encontro quando de sua despedida.
Revoltada, sofrendo mais que qualquer pessoa poderia sofrer, naquele momento de desilusão, posto que o tamanho da decepção encostava no tamanho de seu desejo, Nina voltou para casa, já bem tarde. Foi quando decidiu reler as cartas que havia escrito para Pedro, sem ter tido a chance, sequer, de tê-las entregue a ele. Mas, elas faziam parte de seus escritos guardados no pote que também guardava os escritos de sua mãe, Lia!
Agora, Nina lia aquela Carta de Amor, onde escreveu: “Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer, como é grande o meu amor por você...” E pensava que Pedro poderia estar também, àquela hora exata, em seu coração, sentindo essas mesmas palavras, fazendo delas as suas!
Exausta, ela dormiu abraçada à carta!
BA!
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