Abraçadas com os corpos molhados e cambaleando, as duas saíram do mar com as cabeças abaixadas e esgotadas pelo esforço frenético gasto no devaneio vivido. Jogaram-se na areia. O vento e o mar pareciam ter voltado ao normal e enfeitando a meia face da Lua, que agora brilhava, as estrelas buscavam cada qual por seu devido lugar. Ainda sem nenhuma palavra dita, Bia chorava copiosamente. Nina virou-se, tentando secar o rosto da amiga com as mãos. Seus batimentos começavam a voltar ao normal. Nina sabia que tinha salvo a vida da amiga e sentia-se feliz por isso! Do lado de Bia, um filme passava em sua cabeça. Em minutos, viu-se feliz ao lado de Nina talhando suas iniciais na Árvore dos Desejos. Depois, com a chegada de Pedro na dupla, ela suspirou fundo lembrando-se das tardes na praia... ela pintando, Nina dançando e Pedro contando estórias de príncipes e princesas. Elas eram as princesas de Pedro. Mas, num piscar de olhos, Bia sentiu o gosto amargo do rancor e da mágoa e se viu de novo flagrando Nina e Pedro se amando. Lembrou-se da discussão com a ex-amiga e do bilhete que citava um tal Colar de Borboletas. Bia sacudiu o corpo e levantou-se, indo embora em passos corridos. No caminho, Bia pensou: "Aquele Colar de Borboleta, um dia, será meu!"
CS!
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