Pedro, inconformado pelo fato de que sua amada Nina não havia aparecido para se despedirem, seguia, agora, na embarcação que o levaria de volta para casa. Triste e sem ânimo, ao lado de seus pais, o rapaz que faria, dentro de alguns dias, 18 anos, estava absorto olhando a paisagem daquela ilha que ia ficando para trás. O mar estava calmo e era como se fosse um tapete liso de águas tranqüilas que levariam Pedro de volta ao seu mundo, a um mundo sem Nina!
Distanciando-se dos pais, ele foi para o convés e ficou ali por um bom tempo. Olhava o mar, abaixo, e nele era capaz de ver, nitidamente, o rosto de Nina desenhado nas pequenas ondas, num vaivém cadenciado, junto à proa da embarcação.
Buscou no bolso da jaqueta a caixinha preta e abriu-a. Ficou a olhar o colar de “Borboleta” que ele havia comprado para Nina. Só então se deu conta de que o bilhete que o acompanhava não estava junto. Procurou, ainda, nos bolsos da calça Lee, mas não o encontrou. Pensou: “Céus! Aonde foi parar o bilhete que escrevi para ela? Será que o perdi? Será que o deixei cair aos pés da “Árvore dos Desejos”, quando lá eu aguardava Nina? Será que o vento o levou?”
Ficou mais triste ainda. Mal sabia ele que o bilhete fora parar dentro do sutiã azul de Bia, que o encontrou, e ele seria a sua “vingança” maior contra os amigos, Pedro e Nina, que a abandonaram, sem eira nem beira, e fizeram dela a pessoa mais infeliz do mundo!!!
BA!
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