Três Luas depois que Nina havia jogado a garrafa ao mar, aquela que continha sua Carta de Amor endereçada a Pedro, resultado de seu desatino, o jovem médico, Roberto, passeava na areia da praia com os pés descalços, deixando para trás as pegadas de um pensador!
Há um mês, ele fazia essa mesma caminhada, acompanhado de Alexander, que lhe contou as estórias de seu grande amor por Lia. Durante três horas, todas as palavras que saíram da boca daquele homem de poucas palavras, preencheram o coração de Roberto, que passou a admirar este homem que ele havia lhe salvo a vida e de quem se tornou um amigo.
Com o olhar no horizonte ao longe, enquanto caminhava, Roberto também pensava na filha do homem, a bela jovem Nina, por quem ele havia se apaixonado, sem o saber, desde que a viu pela primeira vez. Rapaz de princípios, com seus 25 anos, pensou que a garota de 15 seria muito nova ainda e por isso imaginou também que ela jamais poderia se interessar por alguém mais velho.
Ao se aproximar do vaivém das ondas, à beira da praia, Roberto viu algo iluminado pela luz prateada da Lua. Deu mais cinco passos e sentiu quando o objeto lhe roçou os pés. Agachou para melhor visualizar. E qual não foi a sua surpresa ao se deparar com uma pequena garrafa arrolhada. Ao examiná-la, com suas mãos vacilantes, viu em seu conteúdo um papel enrolado...
BA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário