A noite ainda não havia dado margem para a madrugada, para a entrada do dia seguinte! Cada qual, naquele instante, procurava o seu lugar antes que a manhã chegasse à ilha, com o Sol penetrando em cada espaço dela. As ondas do mar continuavam em seu ritmo sereno, como as águas, num vaivém, que se mostravam, assim, numa cadência em seus movimentos.
Todos, com exceção de Marina, foram embora... Deixaram a praia, dando as costas para a imensidão do oceano. Mas, ela, não! Tão forte, mais que um tufão, daquelas pessoas que “se lhe pedirem um dedo, ela dá a mão”, continuou de frente para o mar... E admirou a paisagem! Como era linda a vista... Dali, onde estava, poderia ver a linha do horizonte, dividindo céu e mar. Pensou em sua vida, pensou no quanto havia deixado para trás os seus devaneios, para estar, agora, naquela ilha mágica, onde, um dia, desejava colocar os pés, talvez, para sempre... Porque todos comentavam sobre essa magia que a ilha guardava em seu âmago!
Seu destino haveria de estar ali! Assim pensou, quando viu uma estrela reluzente no céu, e foi capaz de acompanhá-la, por um bom espaço de tempo, sem que ela se deslocasse. Fez seu pedido a ela!
Um pouco decepcionada, ao verificar que havia partido, sem querer, os elos que uniam o cordão daquele “Colar de Borboleta”, que ela tanto apertou no bolso de sua jaqueta, talvez por nervosismo, decidiu que teria de rever Nina. Seu coração indicava seu destino. Ter chegado àquela ilha não era um puro prazer de sua vontade, mas, sim, um destino traçado pelo cosmo!
Procurou, nas águas do mar, a imagem daquela moça tão suave que conhecera minutos atrás... Encontrou seu rosto, ainda menino, faceiro, brincando nas ondas! Percebeu, então, seu novo e belo destino... A que venho parar naquela ilha!
BA!
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