Nem mesmo as ondas do mar conseguiram limpar os vestígios, deixados na areia, da explosão da paixão de Roberto e Bia. O cheiro de amor ficou grudado daquele lado da praia, que por muitas e muitas noites ainda seria testemunha da atração entre os dois. Deitada na cama, Nina se debatia de um lado pro outro enquanto o sono não vinha. Naquele momento, pensou em Marina. A nova amiga, que estava diariamente a seu lado, tinha trazido alegria pra sua vida naquele momento, porém Nina ficou curiosa em relação à vida dela. Concluiu que não sabia nada de Marina. E que, da mesma forma que ela aparecera, poderia também desaparecer, assim como Pedro, assim como Alexander, assim como seu gato Borboleta, assim como Lia. Pobre Nina! Seu destino parecia-lhe pregar uma peça a cada esquina, ficando ela abandonada pelas pessoas que mais amava. Em seguida, pensou em Angélica, e lembrou-se do carinho que recebera dela. Angélica para Nina era como se Lia estivesse a seu lado. Mesmo com a pouca diferença de idade, Nina sentia um carinho de filha pra mãe por ela. Quando finalmente conseguiu fechar os olhos, teve um sonho estranho. Em seu sonho, estavam todos reunidos na praia: Alexander de mãos dadas com Lia, Pedro, Angélica, Bia, Marina e Roberto. Ao centro, uma grande fogueira. Quando Nina se aproximou mais viu que todos jogavam objetos em direção ao fogo que lançava labaredas tão alto como se fossem atingir o céu. Nina ficou curiosa e, ao chegar mais perto, pôde ver de longe a garrafa que continha a carta que escrevera para Pedro tantos anos atrás. Tratou de enfiar as mãos no meio do fogo. Acordou gritando, sentindo suas mãos formigarem. Nina levantou-se e pôs-se a caminho da praia.
CS!
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