Tomando emprestado, o termo, da física, o conceito psicológico “resiliência” é a capacidade de o indivíduo superar os obstáculos, lidando com eles, a despeito de todos os desafios, além de ultrapassar todos os traumatismos e conseguir, enfim, apesar das feridas, recomeçar e reconstruir a vida.
Nina, a doce moça dessa estória, parecia estar sem chão enquanto passou todos aqueles dias à procura do paradeiro de Alexander, seu pai. Com a ajuda prestimosa da nova amiga Marina, ela percorreu todos os caminhos que cercavam aquela ilha. Canto por canto, indagando e procurando pelos vestígios do pai. Foram dias angustiantes, jamais vividos por ela em toda a sua vida.
Muitos conhecidos, dela, tentavam encontrar uma razão para aquele desaparecimento, dizendo que Alexander foi tragado pelo mar, estando furioso, naquela noite de meu sumiço. Outros, que nada têm a ver com essa estória, diziam que ele foi ao encontro de uma bela sereia e não voltaria tão cedo.
Ah! Quantas outras, besteiras, Nina teve de ouvir enquanto buscava algum sinal dele. Nem mesmo Bia, sequer, lhe teve a complacência, a atitude de boa vontade em estar ao seu lado. Para ela, o pai de Nina havia ido embora da ilha, deixando a filha, sem deixar ao menos um bilhete de despedida.
Somente Marina, o tempo todo ao seu lado, lhe ouvia, lhe dando toda a atenção, e lhe estendia a mão, enquanto caminhavam naquela busca, lhe cobrindo dos carinhos que ela tanto precisava naqueles momentos de sua aflição.
Um dia, após todos os outros, Nina acordou num sobressalto. Havia tido sonhos terríveis... Decidiu se levantar, ainda sem que o Sol se levantasse para surgir na linha do horizonte, e foi caminhar na praia, assim como gostava, também, seu pai. Andou, andou... Precisava reunir forças para continuar a sua vida, agora, sem a presença de Alexander. Precisava encontrar a resiliência, que faria dela uma grande e forte mulher nessa estória!
BA!
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