Assim que Nina saiu, aos prantos, do quarto de Marina, naquela pousada onde também moravam Roberto e Angélica, e, diga-se de passagem, Roberto já havia conseguido, novamente, seu emprego no ambulatório do único hospital da ilha, Marina teve um leve surto: “Como fui capaz de ser tão estúpida com Nina? O quê foi que eu fiz? Sou uma grande mentirosa... Devia ter logo contado a ela sobre o colar, que, na verdade, é dela e só a ela pertence... Sou uma louca, meu Deus!!! Por amor a ela, menti e causei uma grande asneira, uma burrada, uma tolice minha sem tamanho! E agora? Nina, a minha querida, nem mais vai querer saber de mim... Tenho de correr atrás dela e consertar tudo isso...”
Sentindo o coração saltando pela boca, Marina deixou o quarto na maior bagunça, apenas fechando a porta, sem trancá-la, e saiu em disparada tentando alcançar Nina!
Enquanto corria, sem saber em qual direção iria, ela se sentia tonta e totalmente sem rumo, sem uma bússola que pudesse apontar o rumo, agora, de sua vida! A sua mentira, quando esbravejou com Nina a respeito do “Colar de Borboleta”, nesse instante, já não lhe parecia o melhor remédio, mas, sim, um remédio que não poderia curar o que ela e Nina sentiam por conta desse desentendimento! Percalço da vida que ela nem imaginou... E enquanto corria ela dizia, baixinho, apenas para que o seu coração ouvisse: “Nina, eu te amo!"
BA!
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