A noite sombrosa já chegava, dessa vez, trazendo dor e saudade, como se fosse uma melancólica moldura cercando a Ilha. As densas nuvens encobriam a Lua, que mal teve tempo de se mostrar tão bela, pois sua luz era apenas um tênue raio em meio àquele caos... O mar estava calmo, porém o vaivém das ondas se fazia forte e descontrolado... A praia exalava um cheiro de tristeza em meio à sua beleza!
A alma de Roberto, agora, pertencia ao céu, levada por uma deusa, que a acolheu em seu seio, levando-a rodeada de flores e luz...
O corpo de Roberto continuava sobre a mesa do necrotério, à espera de alguém que pudesse reconhecê-lo, após a necrópsia realizada. O laudo do passamento? Uma bala certeira em seu coração de moço bom!
Nina, adiantou-se, com força e coragem, tiradas de sua já calejada vida, dizendo ao guarda: “Eu irei! Angélica não está em condições... Eu posso reconhecer o corpo deste nosso amigo!”
Nina lembrou-se, com carinho, daquela pérola, um presente de Roberto...
BA!
BA!
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