A caminho da casa de Nina, Pedro foi tentando encaixar as peças de um quebra-cabeças que o tempo tratou de espalhar. Estava confuso. Agora homem, sentia-se um adolescente de novo. Seu pensamento se mantinha fixo em Nina e na maluca de sua amiga Marina, que sequer mandara notícias. Ao chegar mais perto, Pedro reconheceu de imediato a voz de Marina ao violão. Num primeiro momento, sorriu, mas depois sua expressão se fechou, quando, de longe, viu o movimento do corpo de Nina em direção à Marina. Aquelas mãos, que ele conhecia tão bem, foram as mesmas que abraçaram Marina, acariciando seu rosto. Pedro sentiu seu estômago embrulhar. Pensou em sair correndo e se atirar do rochedo, como quem quisesse acordar de um pesadelo. Mas, sua reação foi outra. Já bem próximo da casa, gritou com todas as forças que tinha: "Ninaaaaaa..." Seu grito ecoou por toda a ilha. As duas, abraçadas, olharam assustadas em sua direção!!!
CS!
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