Enquanto parecia que a corda pendia para o lado mais forte, durante toda aquela balbúrdia dentro do posto policial, a leveza do pássaro negro, na quietude de um bater de asas, fez o tempo parar, como num passe de ilusionismo! Adentrando por uma das duas janelas abertas, ele simplesmente voou, assim como voam as grandes mentes, calculadamente e saborosamente à mercê de seus intentos! A ampulheta, o relógio de areia, parou no tempo... Um grão suspenso ficou à espera...
Foi então que o espetáculo se deu! A tarde virou noite, com as estrelas apontando no céu como se fossem pontos de costuras naquele manto azul marinho... O mar, antes revolto, recobrou sua calmaria num silêncio que doía... Nem as ondas vinham e nem iam... O Sol se despediu sem mágoas... E a Ilha chorou lágrimas de confetes coloridos de alegria!
O pássaro saiu, rasante, num voo inimaginável, bem junto ao parapeito da outra janela, deixando para trás o seu riso acolhedor!
Nessa hora, o grão suspenso caiu! O tempo voltou ao tempo que transcorria...
BA!
BA!
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