Presa pelo braço forte de Ícaro, Nina, entre tropeços,
acompanhava os passos largos daquele homem que já havia machucado Marina e a ela
própria. A caminho do posto de atendimento da vila, Ícaro não deu uma só
palavra. Nina sentiu medo e segurou forte a gaita de Pedro entre os dedos
finos. Ao passar pela porta, observou Angélica de costas, segurando as mãos de
um homem. Foram segundos, que pareceram mais uma eternidade, até que Nina
reconhecesse e se jogasse em cima do corpo adormecido de Alexander: “Pai...
Pai... Pai... Você está vivo! Eu sabia... Eu sabia que você não tinha me
abandonado... Abra os olhos e fale comigo... O que aconteceu? Onde você estava?
Por que sumiu por tanto tempo? Vamos, abra os olhos, fale comigo!" Neste
momento, como um vulto que assombra terras abandonadas, o grande pássaro negro
atravessou a pequena sala da enfermaria, assustando alguns moribundos jogados
em seus leitos. Alexander então abriu os olhos.
CS!
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