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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quando o Tempo Não é o Senhor do Destino


-“Então é isso! você volta pra nossa ilha, diz que foi por minha causa, que é apaixonado por mim, me seduz, me ama uma noite toda, me ama de dia e me jura sua fidelidade, aí eu viro as costas e lhe encontro carregando nos braços aquela que nos separou um dia?”

Os gritos de Bia acordaram Nina de seu desmaio, fazendo-a acordar também de seus devaneios. Marina virou fumaça nos pensamentos de Nina. Ela abriu os olhos e se afastou de Pedro. Nesse mesmo instante, Ícaro agarrou os braços de Pedro e forçou suas mãos para trás. Sentindo as algemas, Pedro respondeu com um grito:

“Nina, meu amor, já sei de tudo, sei da sua carta de amor na garrafa, sei de você e de Marina, tenho muito o que lhe dizer, me deixa falar com você!”.

Essas foram as últimas palavras de Pedro, antes que Ícaro, jogasse seu corpo em meio ao chão batido, e as grades da delegacia caindo aos pedaços. Bia acompanhou Pedro à delegacia, e após confirmar seu paradeiro deu um abraço apertado em Ícaro, cochichando em seus ouvidos que ele era um homem incrível e que tinha feito a coisa certa. Com os cabelos presos, a maquiagem pesada, o forte perfume doce, encostou seu corpo bem perto do corpo de Ícaro, puxando seu braço direito, até que ele se enrolasse em sua cintura, e ali mesmo, distante de Pedro por uma parede de barro mal batida, lascou um beijo nos lábios fartos do detetive ambicioso. Ícaro deixou-se levar pelo balanço do corpo de Bia e rasgou as roupas da moça, atacando-a como se abate um animal no cio. Pedro, de costas, se isolou no fundo daqueles dois metros quadrados de cela, tapou o rosto com as mãos e chorou.
CS!

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