No
instante em que Nina fechava os olhos, ainda sentindo o calor da respiração de
Pedro em sua boca, Bia se aproximava do posto de saúde, atraída pelo tititi das
pessoas do lugar que espalhavam, aos 4 ventos, que Alexander, o maluco solitário,
estava de volta. E quando Bia atravessou a sala apertada, deixando para trás seu
rastro de cores e rebolados, foi que ela flagrou o corpo curvado de Pedro, sustentando
em seus braços, que, entrelaçados, davam um nó na cintura de Nina. Bia se enfureceu.
Sentiu tamanha raiva, que todas as nuvens da ilha se tornaram cinzas, quase
pretas. Nuvens carregadas. Carregadas pela tempestade que, em muito pouco tempo,
desabaria sobre a ilha. E o primeiro raio cravejou e rachou bem ao meio o
tronco da Árvore dos Desejos,
dividindo as siglas das amigas Nina e Bia em duas consoantes separadas pelo mal
tempo. Um tempo perverso e severo. Um tempo onde somente o amor poderia vencer a
magia. E a ira de Bia pairou sobre a ilha, fazendo parar até o vaivém das
ondas do mar.
CS!
CS!
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