E
nessa estória com h, com tantos encontros e desencontros, nesse mundo povoado
por borboletas mágicas e coloridas, e rosas que exalam seu cheiro em cada canto
que tocam, o amor de Nina e Marina eternizou-se. Tudo durou não mais que um
segundo, mas, sim, uma vida toda. Aquele minuto passou a ser sentido como se
sente horas a fio, tempo suficiente para tecer aquela colcha de retalhos que, um
dia, Lia, sonhou fazer para Nina. Aquela colcha que, durante anos, cobriu o corpo da
menina e depois ficou pequena para aquecer seu corpo de mulher. A mulher Menina,
linda aos olhos dos homens que tanto a amavam. Nina, a menina dos olhos ariscos
e dos belos rabiscos. E o amor assim se fez. E elas se amaram como se fosse a
primeira ou a última vez, não se sabe. Mas na ilha mágica tudo pode acontecer.
E aquele último grão suspenso no ar, de dentro da ampulheta, finalmente caiu no
monte de grãos do fundo do vidro fosco, e um novo tempo se formou. O tempo. O
tempo fechou.
CS!
CS!
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