Prêmio Top Blog 2011

http://www.topblog.com.br/2011/

sábado, 12 de janeiro de 2013

A Canção de Marina para Nina

ENQUANTO VOCÊ NÃO VEM
 
 
                        Há de permancer, infinitamente, junto às estrelas...
                        BA!

A Carta de Amor de Marina para Nina


“Minha Nina,

eu sei que vou viver, pelo tempo que me será permitido ainda viver, guardando a doce lembrança sua. Estamos com os nós desatados; desfeitos. Não devemos nos culpar... Aconteceu... Agora, eu sou só eu! Agora, você é só você! A cumplicidade perdeu-se de nós, assim como a amizade que nem sequer ousou permanecer... Afinal, quanto de nós permanece em cada coração; do meu, do seu? Qual é a parte de nossas vidas que ficou em nossas vidas, como uma lembrança? Uma lembrança doce, como a sua. Uma lembrança nossa, capaz de nos fazer localizar um momento tão puro e gratificante que vivemos, enquanto nossas vidas permaneceram sob os nossos cuidados tão íntimos e amigáveis. Uma lembrança minha, tão cheia de vontade de continuar a viver o que vivemos. Uma lembrança que a gente não vai poder jamais esquecer... Este é um momento. Amanhã, poderá ser outro. Mas, a verdade é que devo não me abster de qualquer lembrança sua. Todas, todas estão bem guardadas; gravadas nos diretórios que arquivo em meu coração, que anda um pouco desnorteado, mas que, muito em breve, poderá encontrar seu rumo. E eu quero tanto que ele resolva, enfim, acomodar-se no meu peito, e ficar quietinho, sem passar por tantas palpitações que não valem mais a pena...

Ah! Nosso coração não é capaz de mentir para si próprio! Nosso coração é sabedor do que sente, do que sentiu, do que sempre irá sentir. Como enganá-lo, se não podemos nos enganar, quando perdemos uma parte de nós mesmas? Agora, eu sei... Não posso devolver a ele a paz que ele sentia quando nossas vidas estavam atadas. Não posso devolver a ele a doçura de continuar batendo no mesmo ritmo, quando andávamos sempre no nosso ritmo. Não posso devolver a ele o alento que ele possuía por estarmos sempre seguindo na mesma estrada. Não posso devolver a ele o gosto da aventura nossa, quando ele participava, atuante. Não posso devolver a ele a certeza de permanecer calmo e sereno, quando ele percebia que estávamos em completa sintonia. Não posso devolver a ele a quietude que ele me cobra, quando me pego pensando em você... Todo este tempo, desde quando lhe deixei, abandonando, às pressas, a Ilha, fugindo de você, deixando você apenas com meu violão... Mas, sei que, neste momento, uma coisa é certa: vou, eternamente, guardar a sua lembrança que é a coisa mais linda que a vida me deu!!! Pra onde vou, ela irá comigo...

Adeus, minha Nina menina. Seja feliz!
Com amor infinito, junto às estrelas, “enquanto você não vem”... (Lembra-se da canção que lhe fiz.)
Marina.”
BA!

 

 

Mais uma Carta de Amor

Entre a agulha e o fio da navalha, misturados por cima da penteadeira nova, Marina, nua, olhava-se no espelho. Suas mãos, em movimentos lentos, iam tomando conta das curvas de seu corpo. Ela estava triste, muito triste. A saudade de Nina parecia tirar-lhe o fôlego, o ar que ela respirava. De volta pra casa depois do encontro com Pedro, Marina sequer deu um único sorriso. E, ainda com as mãos, jogou os cabelos fartos para o lado e pensou usar aquela navalha, ali mesmo, naquele exato momento. Melhor seria não viver a vida mais sem sua doce Nina. Melhor seria vê-la ao lado de Pedro, seu querido amigo, feliz, bem feliz! Mas, antes que suas mãos alcançassem aquela navalha, Marina decidiu escrever uma carta para Nina. De todas as cartas de amor, já rabiscadas em nossa Estória com H, aquela seria, talvez, a mais verdadeira. Se bem que todas as cartas de amor são verdadeiras! E, assim, entre a Carta de Amor de Lia para Alexander, a Carta de Amor de Alexander para Lia, a Carta de Amor de Nina para Pedro, e tantas outras sequer escritas, começava agora a Carta de Amor de Marina para Nina.. E assim ela sentou-se, tomou papel e caneta e começou a escrever...
CS!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dois Tempos, Uma Costura!

E agora? A vida é capaz de armar suas armadilhas...
Pedro e Nina acabam de ser pegos numa cilada! O detetive Ícaro está de tocaia, e a vida lhes traiu, posto que a chama do grande amor entre eles reacendeu numa hora imprópria, quem diria!
Num tempo, Nina entrega seu amor por Pedro em favor da vida de seu pai, Alexander. Jamais, ela poderia imaginar que estaria nos braços de seu amado, assim tão de repente...
Será? Se ela soubesse que ele estava por perto, e que logo, logo estaria bem ao seu lado, mesmo assim o faria? Prescindir o amor, arrancando-o do peito, sem dó ou piedade, como se ele não tivesse encontrado um lugar em seu coração, para, ali, ficar encravado, para nunca mais...
“Ah! O amor! Tão perto e tão distante, assim como um fruto na árvore, que desejamos, mas não o alcançamos!”
Neste tempo, Pedro não faz ideia do que Nina ofereceu em sua reza... Está com sua amada nos braços e sente que a vida, agora, será, enfim, um mar de rosas! Poderá contar para ela toda a “estória” de seu longo penar, por tudo o que passou, desde quando deixou a Ilha, imaginando que Nina já sabia de toda a situação. Marina, na época, o traiu, sem o saber...
Estar na pele de um e de outro, não é nada agradável!
E agora? Alexander, moribundo que estava, acorda para a vida, graças à solicitação de Nina aos céus! Promessa... Entrega... Amor incondicional de filha ao pai...
Não vai ser fácil. Nem mesmo para as “Senhoras do Destino”.
Há de se entrelaçar as mãos, em busca de agulha e fio, para que possamos costurar estes dois tempos, sem que a costura não intervenha a favor de um ou de outro, apenas os una!
BA!