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domingo, 11 de novembro de 2012

Quando Mudar o Rumo da Estória É...

É de se assustar que céu e terra se fundiram para, como em um par de amantes, pudessem mudar o destino e fazer com que Nina e Pedro se encontrassem mais uma vez. O tempo parou, os fusos, confusos, misturavam-se entre si. E é quando os segundos conspiram que grandes mágicas acontecem. O segundo que faltou para se despedir de seu amor, o segundo que faltou para poder dizer "eu te amo" na frentre da pessoa amada. O segundo que faltou no relógio do mundo todo. E foi nesse segundo que Pedro avançou pela porta que dava para o lugar onde Nina estava. Nesse segundo, a sala se encheu de um forte cheiro de alfazema. O cheiro só era menor do que os reflexos da luz de um sol tímido, que refletia pelas paredes as sombras de Nina. Ela estava de costas. O vestido branco, amarelado pelo tempo, até que tentava, mas não conseguia esconder o belo desenho do corpo de Nina. E Pedro pôde reconhecer este corpo, até mesmo antes de tocá-lo. Num suspiro quase silencioso.. Pedro disse: "É ela. Nina, meu amor de menina!" Pedro apressou os dois passos e, laçando a cintura de Nina, encostou sua boca quente perto de seu ouvido, soletrando entre uma respiração acelerada e outra, devagar: "Nina, seu Pedro está aqui. Eu estou de volta!"
Já no tempo que escondia o segundo da vida de Nina, ela ainda iria se lembrar, por toda a sua vida, do que sentira naquele momento. Foi como se, durante todos aqueles anos, nada tivesse acontecido. A vida não havia mudado para todos, ditando entre os dentes que tudo muda... Mas, Nina não havia mudado. E sentiu, como outrora, as pernas estremecerem, as mãos se molharem de um suor frio e finalmente a tontura que a fez cair, de olhos cerrados, entre os braços entrelaçados de Pedro.
CS!

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