“E os milagres? Para quê servem?”
Angélica, agora, descansando em sua cama, após voltar do passeio pela praia em companhia do detetive Ícaro, estava a meditar sobre o diagnóstico de seus médicos. Seria mesmo irreversível? Ela estaria presa em sua agonia de ver tudo em preto e branco para o resto de sua vida? Tentou dormir, fechando os olhos, aguardando um belo sonho em cores!
A menina de seus olhos despertou de um sono profundo e misterioso, para o qual havia sido levada, acorrentada e desolada. Enquanto lá permaneceu, viveu numa escuridão tamanha, que lhe era como um calabouço sem fundo. E cada vez mais ela ia se afundando, sem encontrar o chão... Por lá viveu, por muito e muito tempo, sem receber luz alguma, e por isso não era capaz de emitir os estímulos das sensações visuais. Pobre Angélica, dona da menina cega...
Mas, renascendo das cinzas, feito uma fênix, a menina percebeu um jato de luz e nele se agarrou com suas mãos firmes... Feito a ira das lavas de um vulcão em erupção, a luz rompeu o astral, devolvendo a menina à Angélica, para encher seus olhos!
BA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário