Naquela noite de chuva, encontros e desencontros, os planos de Bia dariam tão certos quanto a certeza que aquela garrafa de vinho seria tragada até a última gota. E foi assim, num abraço prolongado, braços enrolados e beijos espalhados, que ela e Pedro se entregaram à surpresa de se verem um ao outro. Seus corpos colaram como se fossem um só... A inocência dava lugar a uma forte atração. Ela não demorou muito para puxá-lo pelas mãos, e debaixo de uma forte chuva correram como crianças em direção à Árvore dos Desejos. Pedro deixou-se levar assim, como queria que seus pensamentos abandonassem a figura de Nina. Ah!... Sua doce Nina! Novamente, o destino se encarregava de deixá-la cada vez mais longe. Pelo caminho, enquanto o silêncio era cortado pelo barulho da chuva, sorrisos eram marcados nos rostos de Pedro e Bia. Suas mãos conversavam entre si, num baile frenético, entre passos trocados e empurrões marotos. Ao chegarem bem debaixo da árvore, Pedro, com as mãos cruzadas ao redor da cintura de Bia, disse em seus ouvidos: "Este é um lugar especial pra mim. Não me sinto bem. Preciso de uma amiga. Deixe-me abrir meu coração. Preciso de você Bia." Ao contrário do que Pedro esperava, ao invés de escutá-lo e abrir seus ouvidos para o pranto do amigo, Bia, desabotoando devagar os botões da blusa molhada e colorida, disse em voz baixa, em meio a pequenas mordidas no ouvido de Pedro: "Sim, meu querido! Vou ajudá-lo. Feche os olhos e entregue-se a mim... Farei com que esqueça de qualquer coisa que perturbe seu coração..." Os dois se amaram, até que a última gota de chuva pingasse do céu!!!
CS!
CS!
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